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28 de novembro de 2012

Especial: 30 Anos de "Thriller" (Parte 2)


Vamos falar mais de Michael? Vamos falar de "Thriller"!


Galera! Como vai cada um de vocês? Bem ou muito bem? Espero que ambos. Como vocês sabem, estamos com uma nova série especial de posts. Dessa vez estamos falando do maior sucesso musical, em números absolutos, de todos os tempos: o álbum “Thriller”, de Michael Jackson. No primeiro post falamos um pouco do que envolveu o processo criativo da produção. Hoje iremos falar das marcas definitivas que o disco deixou na indústria musical do planeta. Vamos lá?


Parte 2 - Inovações, Marcos e Música

Grandes sucessos a nível mundial saíram de “Thriller”. A faixa-título foi o mais expressivo deles, sem dúvidas. Além das famosas “Billie Jean” e “Beat It”. Mas focaremos não apenas nas músicas. Falar dos videoclipes da produção merece um destaque mais que especial. Michael já havia inovado no clipe de “Don’t Stop ‘Til You Get Enough”, onde duas réplicas do cantor apareciam dançando com ele em um mesmo plano. Hoje não há mistérios pra saber como isso é feito, mas há 33 anos, isso era um furor, tal qual o uso do chroma key foi no começo dos anos 70.

Depois de inovar nessa área, o Rei do Pop começou a fazer de seus clipes pequenos curtas-metragens. As realizações visuais de suas músicas sempre traziam alguma crítica social, alguma história, alguma polêmica, algum efeito visual novo... Ela causava polêmicas não só pelo puro fato de ser polêmico. Fazia, sobretudo, porque polêmicas movem rodas comerciais gigantescas. E isso Michael sabia fazer muito bem. Deixou para ousar (e gastar) de forma brilhante nos clipes das três músicas supracitadas. “Thriller” foi o último a ser lançado, mas o primeiro a ser lembrado por todas as pessoas. Talvez por ser o grande divisor de águas na história dos videoclipes. O enredo é impecável, brincando a todo o momento com o psicológico de quem assiste. A proximidade entre o real e o oculto é evidenciada pela citação atribuída a Michael logo no início do clipe:

Due to my strong personal convictions, I wish to stress that this film in no way endorses a belief in the occult.'"
("'Em função de minhas fortes convicções pessoais, quero enfatizar que este filme de forma alguma endossa uma crença no oculto'").

A versão sem cortes que dura mais de 13 minutos (e que já foi vista mais de 124 milhões de vezes) mostra Michael se declarando para a sua namorada e, logo depois, alegando que é “diferente” dos outros caras. No take seguinte, a lua cheia desponta no céu e o dançarino vira um lobisomem, com os tradicionais olhos amarelos e a cena de transformação muito bem feita para a época. O clichê-mor dos filmes de terror se apresenta logo nos primeiros minutos: a cena em que a mocinha jovem e indefesa é perseguida pelo seu carnífice. No ápice do clichê (onde a mocinha é surpreendida pelo lobisomem e cai no chão à espera do inevitável) a namorada de Michael sai do cinema e é mostrado que o que foi visto era um filme, na verdade estrelado por Vincent Price – o Zé do Caixão dos States.




É aí que a parte musical começa. Michael cantando e dançando para a sua namorada pelas ruas escuras até andarem serelepes na frente de um cemitério. Daí vem a clássica parte dos zumbis saindo das catacumbas. O mesmo Vincent Price recita alguns versos de um poema de sua autoria, em que zumbis sedentos por sangue aterrorizariam a vizinhança cumprindo uma profecia maligna (falei que ele era o Zé do Caixão versão Tio Sam) enquanto as covas são abertas.

Em seguida os mortos vivos acabam confeccionando uma das coreografias mais exaustivamente imitadas de todos os tempos, capitaneados por Michael, claro. O sincronismo dos bailarinos é perfeito, tais quais as maquiagens que usaram o que havia de mais moderno. O trabalho corporal dos bailarinos dá a impressão de que se trata de zumbis de verdade. Ademais vem a marcante cena final com a gargalhada maligna e Michael olhando para a câmera com os olhos amarelados do outrora lobisomem às costas da sua cônjuge. Para cada minuto de clipe foram gastos, aproximadamente, 35 mil dólares, uma verba astronômica, comparadas com as produções anteriores. Um clipe caro custava cerca de 100 mil dólares à época. Michael queria 900 mil, sua produtora ofereceu 500.

Após o clipe de “Thriller”, lançado cerca de um ano depois do álbum, as vendas dobraram e Michael viu que podia explorar muito mais os seus vídeos comercialmente, atribuindo aos subsequentes orçamentos cada vez mais pomposos. “Beat It” toca num assunto delicadíssimo da sociedade americana: as diferenças entre negros e brancos, evidenciada na tradicional cena da briga das gangues “negra” e “branca” (e na cena de Michael de bundinha pra cima na cama... kkkkk’). Não se sabe ao certo o que motivou a letra de “Billie Jean”. Muitos dizem que foi o caso de uma fã de Michael alegar que houvera tido um herdeiro do Rei do Pop, mas o próprio compositor atribuía a canção algo mais abrangente. Dizia que ela se referia às groupies que seguiam Michael e seus irmãos na época do Jackson Five. O mais “pobrinho” dos clipes não deixa de ser legal por culpa disso. Depois de “Thriller”, Michael já poderia colocar os pés para o alto e dizer que tinha seu nome na história da música mundial. E tinha mesmo.





O álbum também lançou músicas como “Human Nature”, “Wanna Be Startin’ Somethin” e “Baby Be Mine”, mas sem o brilhantismo das que já foram faladas hoje. No próximo post falaremos sobre a repercussão e o legado de Thriller através de seu fruto principal: o Thriller 25, edição de aniversário de vinte e cinco anos de lançamento desta obra inigualável. Até lá!
 
Musiquem-se!

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